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INE: Compradores online cresceram mais que os utilizadores de internet

07 maio 2021

Mais pessoas passaram a utilizar a internet em 2020 em Portugal, como provável consequência da pandemia que levou ao confinamento e à redução drástica das formas de contacto, dos cursos regulares e livres e do entretenimento. Além disso, o estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e divulgado na última semana, mostrou que o aumento do número de pessoas que passaram a fazer compras pelos meios digitais foi quase o dobro.

Os agregados familiares portugueses com acesso à internet passaram de 80,9% em 2019 para 84,5% no ano de 2020, enquanto que nos dois anos anteriores este índice apresentou estabilidade. As atividades que mais contribuíram para este crescimento foram as educacionais e as de trabalho, com os estudantes a frequentar as aulas a partir de casa (de 14,5% em 2019 para 30,8% em 2020) e com quase um terço (31,1%) dos profissionais em lay-off. Nesta categoria, a Região Metropolitana de Lisboa registou 43,25% dos profissionais em teletrabalho.

O aumento do ecommerce tem o melhor resultado da série histórica

Mas o que apresentou um grande salto, o maior da série histórica iniciada em 2002, foi o ecommerce. Em comparação ao registo de 2019, o número de pessoas que utilizaram o meio online para fazer compras aumentou 7 pontos percentuais, passando para 45% entre os utilizadores de internet em Portugal.

A faixa etária predominante entre os utilizadores que compraram pela internet é entre os 25-44 anos, cujo índice chega a 56%, com um considerável crescimento entre o grupo de 45 a 54 anos (21,2%). O tipo de produto mais solicitado foi roupa, calçado e acessórios de moda (60,4%), enquanto equipamentos informáticos apresentaram um índice de 37,3% entre as vendas online.

Os valores gastos com as compras feitas no meio digital também apresentaram aumento entre 2019 e 2020: as encomendas entre 100 e 499 euros subiram 15,7 pontos percentuais, enquanto as compras com valores iguais ou superiores a 500 euros aumentaram 8 pontos percentuais. Segundo dados da ACEPI – Associação da Economia Digital –, em 2019 as vendas online representaram 2,9% do PIB português, com um montante total de 6 mil milhões de euros. A projeção da entidade é que, em 2020, este valor chegue aos 8 mil milhões de euros.

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